O candidato José Serra foi atingido por um rolo de adesivos em Campo Grande. Duas emissoras de tevê apresentaram um vídeo afirmando que sofreu apenas o golpe de uma bolinha de papel. Matéria fascinante para a propaganda adversária, brincadeiras na internet e até uma temerária intervenção de Lula.
Se vivessemos apenas uma era de cobertura de TV talvez a farsa produzida pela reportagem do SBT emplacaria. Acontece que vivemos também na era do telefone celular, o mesmo que ao sair das maõs do estado, tornou-se um objeto ao alcance da maioria esmagadora.
Um telefone celular do repórter da Folha de São Paulo mostra o momento exato da queda do objeto, analisado por um perito, no Jornal Nacional. Ficou bastante claro que a bolinha de papel aconteceu antes da agressão, foi um outro momento.
Dei uma rapida entrevista para o UOL que divulgava o vídeo da SBT, e afirmei que não tinha visto o objeto mas que vi Serra levar a mão à cabeça, depois de ouvir um baque. O site destacou minha declaração indicando que não vi objeto algum.
Ainda bem. As imagens da Folha (clique aqui para ver o vídeo) mostram que no momento em que o objeto toca a cabeça de Serra, eu estava olhando para outra direção. A verdade foi estabelecida pela imagem: Serra foi atingido e, naquele preciso momento, não vi.
Como não bastassem outros argumentos, falar a verdade num tempo em que tudo é filmado por celulares é muito importante, pois torna-se mais fácil comprovar.
As reportagens e piadas sobre a bolinha de papel serviram apenas para banalizar a violência. Com essas banalizações e uma imprensa subjugada pelo poder oficial teríamos um quadro semelhante ao que aconteceu nos países do Leste Europeu: a verdade estava sempre com o governo.
Vejam abaixo o que escreve o blog oficioso do PT:
(...)
O Jornal Nacional de quinta-feira, 21/10, não foi apenas uma tentativa patética de recriar o tiro que matou o Major Vaz. Os sete minutos gastos na “fabricação” da fita adesiva que teria atingido o candidato tucano revelam desorientação no tempo e no espaço. A Rua Tonelero não fica em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro.
(...)
Quer dizer, segundo eles, além da "bolinha de papel" todo o resto foi "fabricado"!! É... eles são phoda!!
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