Depois de ter-se declarado mais de uma vez favorável à legalização do aborto — palavras claras, inequívocas — a petista Dilma Rousseff agora faz uma “Carta ao Povo de Deus” em que se lê:
“Cabe ao Congresso Nacional a função básica de encontrar o ponto de equilíbrio nas posições que envolvam valores éticos e fundamentais, muitas vezes contraditórios, como aborto, formação familiar, uniões estáveis e outros temas relevantes, tanto para as minorias como para toda sociedade brasileira”.
Huuummm… Entendi. Dilma não está se dizendo contrária à legalização. Deixa a coisa para o Congresso resolver. Ora, o Programa Nacional de Direitos Humanos, que ganhou forma final na Casa Civil, de que ela era a titular, defendia a legalização. E jogava a bola para o Parlamento — até porque não há mesmo outro caminho: o Executivo não tem competência para mudar a lei. Um eventual governo Dilma deve atuar como atua o governo Lula, de que ela era a chefona: criar facilidades, digamos, morais para o “abortismo” e produzir estatísticas fantasiosas que endossem essa causa tão nobre . Ou não é exatamente o que faz o Ministério da Dengue, que já foi “da Saúde” um dia?
A “carta” faz parte do esforço de ganhar os votos dos “mais conservadores”, como poderiam dizer seus estrategistas. A ação não é isolada. Os petistas, recorrendo a seus “facilitadores de discurso” — forma que assumiu certo “jornalismo” — , já divulga que a petista, se eleita, pretende implementar um choque fiscal logo de cara. Demonstra, assim, a sua seriedade e seu “amor” pela “ortodoxia”.
Então fica combinado assim: a candidata favorável ao aborto faz uma “Carta” em que finge renegar a antiga convicção — se bem-lida, nota-se que não mudou de idéia. A principal partícipe de um governo que optou pela farra fiscal agora promete uma espécie de choque de moralidade na área. Disse-me um petista certa feita: “Não existe nada mais fácil de engabelar do que o conservadorismo brasileiro”. E ele tem razão.
Ah, sim: a carta pia de Dilma Rousseff também pretende mostrar a mulher temente a Deus. Pois é… Segundo ela mesma confessou, lembra-se do Altíssimo toda vez que o avião balança.
Por Reinaldo Azevedo
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