Simpatia e disponibilidade para viajar são duas características imprescindíveis para quem sonha com a carreira, que já teve muito status e hoje atua em nome da segurança dos passageiros. Mercado é mais forte no Sudeste
Raissa Nascimento // Especial para o Diário de Pernambuco
Uma
profissão de puro glamour. Assim era vista a carreira de comissário de
bordo. Hoje, no entanto, com a popularização do transporte aéreo, que
atende às classes sociais das mais diversas faixas, essa área - que
para alguns perdeu em glamour - ganhou e muito com a
profissionalização. Afinal, são eles que têm que prestar o serviço das
aeronaves e estar aptos a qualquer emergência junto aos passageiros.
Segurança passou a ser palavra com força de lei.
Isso porque na
prática, o trabalho do comissário de bordo resume-se a garantir a
segurança de todos os passageiros durante o voo. O profissional também
atua proporcionando comodidade durante a viagem. Mas nem pense que é
tudo muito simples. Para encarar a área é fundamental ser uma pessoa
pontual, disciplinada e ter facilidade em se adaptar com as mudanças
dos fusos horários, e também, com os diversos pensamentos culturais de
cada localidade.
Para ingressar no mercado de trabalho como
comissário de bordo é exigido apenas idade mínima de 18 anos, ter boa
saúde, possuir o ensino médio completo, realizar o curso
profissionalizante com duração de quatro meses e passar na prova
realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), depois o
profissional se cadastra nos sites das empresas e aguarda a abertura de
novas vagas. O salário ainda é considerado baixo, iniciando-se na faixa
dos R$ 1.500 a R$ 2 mil.
Na opinião da estudante do curso profissionalizante de comissário de
bordo, Bruna Câmara, de 20 anos, a expectativa é grande em relação à
carreira, sobretudo ao ingresso no mercado de trabalho. "Sempre gostei
de viajar e me sinto segura com esta minha escolha profissional. Adoro
os conteúdos do curso que me preparam para a profissão. Passar na prova
da Anac será uma consequência da minha dedicação e estudo. Estou
bastante ansiosa para conseguir o meu primeiro emprego", conta a aluna.
Para
a estudante Gabryella Fernanda da Silva, 23 anos, a expectativa é muito
grande com a carreira de comissária. "O meu pai é aposentado da
Aeronáutica e eu tenho muita expectativa em ingressar na área", comenta.
Segundo
um dos diretores e professor do Cursos NAV, Marcelo Magalhães, a área
apresenta boa empregabilidade para os iniciantes. "As companhias aéreas
tiveram um aumento na procura pelas passagens de cerca de 42% em
outubro do ano passado. Com isso, houve muitas contratações. Acredito
que com a chegada da Copa e da Olimpíada a situação deve melhorar ainda
mais", explica Magalhães.
O estudante Thiago Soares, de 27 anos,
saiu de Minas Gerais para estudar no Recife e se diz apaixonado pelo
conteúdo estudado durante o curso. "Adquiri um conhecimento amplo sobre
a minha área, como funciona um avião e aspectos meteorológicos. Dessa
forma, vou me tornar um profissional completo e apto para qualquer
situação de emergência", afirma Soares.
Na visão do professor
Marcelo Magalhães, a escola deve formar profissionais capacitados para
solucionar qualquer situação de emergência. Por isso, ao final do
curso, é realizadoum treinamento na mata com todos os alunos. "Levamos
os alunos à Lagoa Azul, em Jaboatão dos Guararapes, e realizamos um
treinamento de emergência e sobrevivência. Assim, os estudantes
praticam as técnicas de primeiros socorros adquiridas em sala de aula",
relata o professor.
Edição de segunda-feira, 26 de abril de 2010
3ª turma de formação de Comissários da Varig, outubro 1972
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